Me sinto tão retrógrado, tão atônito no mundo de ilusões que eu construí para ignorar a saudade que sinto de você.
Tudo se tornou tão difícil para mim, é como perder as duas pernas de uma só vez.
Ou ter o coração devorado por lobos famintos.
O amor, ou seja lá o que for que sinto por você, é assim.
Começa com um puta tesão e no final você acaba ferido, estilhaçado num chão frio se sentindo um babaca.
É como uma simples borboleta, que só vive vinte e quatro horas, e ainda sim capaz de causar um tufão do outro lado do mundo.
O amor vem e vai, mas muda algo em você permanentemente.
Mas não se engane, é apenas a teoria do caos, é apenas uma borboleta.
É somente o frígido amor. Sem dó, sem pena de ninguém.
Com algum certo tempo aprendemos a ser mais frios, superar as quedas mais rápido e se iludir o menos possível.
Mas de vez em quando, acontece novamente e não há nada que podemos fazer quanto a isso.
Talvez exista uma pessoa para cada um, talvez existam várias, ou até mesmo ninguém.
E isso sempre vai depender do dia, do lugar, do tempo e de dez minutos.
Pode ser destino, pode ser acaso. E pode ser os dois.
